É recorrente a reclamação de que em casa não tomamos um café tão bom quanto na cafeteria. “Uso um ótimo grão mas minha bebida não fica boa”. “Tenho uma máquina sofisticada, mas meu café está horrível”. Como resolver isso?
Uma xícara impecável de café, seja espresso ou filtrado, resulta de grãos especiais, que receberam os devidos cuidados desde o plantio, terra de boa qualidade, altitude correta e desenvolvimento adequado.
Depois, precisa da medida certa de calor para que no processo de torra sejam destacados (e não destruídos) todas as notas sensoriais e características que se deseja realçar deste produto. Quanto mais escura for a torra, mais intenso será o sabor, mas sem exageros, para não queimar o café.
Posteriormente, há que se ter uma enorme preocupação com a água que é usada para a infusão do pó, já que a temperatura ideal (entre 92º e 96ºc), a proporção pó/água e o tempo de contato com o café, podem produzir resultados diferentes dos esperados, acentuando excessivamente a acidez, amargor ou outras características indesejadas. A cafeína é uma substância amarga e hidrossolúvel, por isso quanto mais tempo em contato com a água, mais amarga será e mais cafeína terá a bebida. Água com muito cloro, dureza (concentração elevada de sais minerais) ou impurezas afetam diretamente o sabor da bebida.
Descobrir a proporção ideal de água e pó para o método de preparo escolhido é fundamental, assim como usar água filtrada ou mineral. Máquinas de espresso precisam permanentemente de cuidados para que forneçam xícaras de café livres de contaminação pelos óleos que vão impregnando em seu interior.
Por fim, preparar o café com amor, traduzido na preocupação com as etapas, desde a escolha da matéria prima, até o método, a água e a atenção permanente com a conservação do equipamento, é a chave para que você se apaixone definitivamente pelo ritual de beber um bom café.